" Historia da família Venzol "



Sr. Ademir Rodrigues, lhe agradeço por poder compartilhar a história de vida de sua 

Família, muita gratidão!! Boa leitura!


Cidade de Ciano del Montelo – Treviso região do Vêneto Itália século 19.

A família de Antonio Rafael Venzol e Maria Madalena Lotto (casada aos 17 anos) ( 29-7-1873 a 8 – 9 – 1943) vivia com muitas dificuldades naquela cidade de Treviso. Eram sete filhos, sete bocas pra sustentar numa Itália em crise. E o oitavo filho, no caso, uma filha, estava a caminho.

Em 11 de julho de 1910, nasce Amélia Venzol. O pai Antonio, em busca de melhores condições de subsistência, no mesmo dia em que a mulher Maria Madalena dá a luz, despede-se da família e embarca para o Canadá (havia conseguido um emprego como lenhador) .

Três meses depois, Antonio Venzol falece distante da família, num acidente enquanto cortava pinheiros.

Desesperada, a agora viúva Maria Madalena (com 33 anos de idade) recorre à Igreja de sua paróquia. Conversa com o padre. Como sustentar sozinha, oito filhos, o mais velho com 21 anos, três deles mudos. Lembra que tem parentes no Brasil, um tio da família Zaniol, que não via desde menina. Esses parentes viviam num lugar chamado São Bernardo do Campo .

SÃO PELEGRINO EM TREVISO (ITÁLIA). Igreja de San Pellegrino em Ciano Del Montello . 

O Padre de sua paróquia troca correspondência com o padre de São Bernardo do Campo. Confirma a notícia. E o tio de Maria Madalena escreve para ela na Itália chamando-a para São Bernardo. Por precaução, rasca um santinho de Santo Antonio ao meio. Envia metade da estampa para a Itália e retém a outra metade. Deveria a viúva, ao desembarcar em Santos, mostrar a sua parte do santinho para ser reconhecida. E só seguir com quem tivesse a outra metade. Era o medo de que agenciadores enviassem mais uma família de imigrantes para uma fazenda qualquer de café no interior de São Paulo.

E foi assim, em segurança que a viúva Maria Madalena Venzol e seus oito filhos desembarcaram no porto de Santos em 11 de novembro de 1911 e se encontraram com os parentes Zaniol que viviam em São Bernardo.

Na NGI – O vapor Umberto I realizava a viagem Gênova-Rio de Janeiro-Santos-Montevidéu e Buenos Aires em 22 dias e, até 1885, data de sua incorporação à NGI, foram realizadas mais de 40 viagens redondas (ida e volta) na Rota de Ouro e Prata.

90 anos depois... – sexta feira, a caçula dos Venzol, Amélia Vensol Zaniol, recebe o título de Cidadã São-Bernardense, durante sessão solene comemorativa ao dia da Colonização Italiana de São Bernardo. Uma homenagem justa a uma italiana de nascimento, batateira de coração, 92 anos de idade e cuja vida mereceria um livro ou um filme de ação, muita ação. A começar ela história do santinho de Santo Antonio, rasgado no meio e cujas partes se perderam com o tempo.

Transcrição da seção MEMÓRIA – Ademir Medice – Diário do Grande ABC – Quarta feira dia 21 de agosto de 2002

Filhos de Antonio Rafael Venzol e Maria Madalena Lotto

Pedro José Venzol  (Giuseppe) nascido em 22 de novembro de 1891 , faleceu em 30 de maio de 1988 (mudo)

Anselmo Venzol  - Casado com tia Conceição 1892

Vitório Venzol nascido em 9 de dezembro de 1894 faleceu em 26 de dezembro de 1969 – casado com Rosa Reque

Izidoro Venzol – 1896, Casado com (Amélia 1904)

Pierina Venzol – 1900, casada com Duzzi

Marino Venzol  (mudo) 9 de junho de 1902 a 2 de janeiro de 1977

Margarida Venzol (muda) 2 de maio de 1907 a 27 de abril de 1978

Amélia Venzol – nascida em 11 de julho de 1910. Casada com Ângelo Zaniol – tio Marion teve um filho – Leandro Zaniol

 

Contava meu avô que quando desceram no Porto de Santos após encontrarem os parentes, foram a um dos restaurantes para comer, e   na mesa tinham diversas cumbucas, ai meu nonno abriu uma das cumbucas e viu algo que parecia queijo ralado, falou em italiano com seu irmão Izidoro  “Vedi Doro e formaggio – siamo anche in América....” Pegaram a colher e encheram a boca com farinha de mandioca, comeram e um olhando pro outro com cara de quem não tinha gostado muito.

Segundo relato de minha mãe nos dias 30 de junho e 1 de julho de 2011, pelo menos o meu Avô foi com alguns irmãos para o interior trabalhar nas colheitas de café e posteriormente ao voltarem para São Bernardo foram morar no Surucantã – como se chamava na época o Sítio dos Vianas

 História contada por Guiomar Venzol Gerbeli – Casada com Orfeu Gerbeli – filha de Isidoro Venzol

Ela não sabe as datas, mas me falou o seguinte.

Depois da chegada a São Bernardo, a bisa (Maria Madalena Lotto ) deixou tia Margarida e a tia Pierina com uma família dos Campineiros, que eu não sei quem é.

 

Ela com os demais filhos se mudaram para uma cidade chamada Espírito Santo do Pinhal trabalhar em fazenda cuidando de cafezal.

Assim que conseguiram juntar um pouco de dinheiro voltaram para SBC e compraram a propriedade aonde acho que vc nasceu ( hoje Rua São Vicente de Paula – Lago dos Mudos)

Montaram uma olaria (onde era o porto de areia dos Rubinos na Rua dos Vianas) em seguida foram melhorando a vida é compraram um caminhão no qual seu avô Vitório fazia a entrega dos tijolos

Depois montaram uma olaria, fabricavam tijolos com a marca VV e meu avô com sua carroça no início e posteriormente com um caminhão fazia as entregas.


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 famigliasabaudo@gmail.com


Filme : Créditos Portal Memoria Brasileira

Comentários

  1. Ahh que linda história! Sou bisneta de uma das filhas, a nona velha Pierina, fiquei muito feliz e deslumbrada com a história da família!

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